Conhece-te a ti mesmo... Deveria
ser acrescido de: Para evitar desastres adiante... Especialmente verdadeiro em
se tratando de relacionamentos.
Nada mais difícil do que
enfrentar a realidade quando fazemos um balanço depois da ruptura. Amarga
sensação de “já vivi isso antes” é sinal
de que um mergulho sério, doído e honesto tem que ser feito.
Por que precisei atrair o
mesmo tipo de pessoa e história? Qual o meu ganho no investimento sem chances
de realização? Como me protejo e como me saboto?
Estranhamente, apesar de
muito trabalho pessoal, voltei para um espaço que conheci há muito tempo atrás.
Felizmente, seja pela conspiração dos planetas alinhados no céu nesse momento
ou simplesmente por mérito próprio, estou conseguindo enfrentar a
responsabilidade da minha escolha e olhar com cruel honestidade e
desapontamento o quanto me falta perceber para poder atingir o que almejo.
É liberta-dor deixar o outro lidar com seus limites e apenas
mergulhar naquilo que pode ser mudado, leia-se: eu mesma! O outro é espelho,
então, o que preciso mudar internamente? O que quer que o outro represente é
algo que existe como reflexo em
mim. Apontar o dedo não cura feridas. Julgar, criticar e
odiar também não acresce.
Atraí o que não foi capaz de
se transformar em nutrição ou crescimento. Negociei e me deixei enrolar. Dá
para dizer que não sabia?
Quando no coração, nada passa
despercebido. A cabeça ilude, mas no amor a verdade é sempre límpida. Por que
então não consegui ouvir a voz sábia que dá sinais o tempo todo? Por mais que
reconheça e me sinta grata por tudo que pude partilhar, não consigo evitar
puxar minhas orelhas numa carinhosa reação de quem reconhece que poderia ter
sido mais respeitosa, mais atenta, mais verdadeira. Sei que sou uma pessoa bacana com consistência
e comprometimento, e talvez por isso mesmo, esteja tão machucada por ter
deixado ir tão longe. Por ter acreditado tanto. Por ter demorado tanto para
deixar ir.
O que é para ser, acontece
facilmente... Palavras sábias... Por que acreditei que tentar, lutar, insistir
faria diferença? Aonde coloquei minha auto estima para não ver o desequilíbrio?
Como pude me julgar capaz de alterar a escolha do outro? E especialmente, o que
ainda ganho buscando portas fechadas?
Medo da intimidade? Falta de
confiança? Pouco reconhecimento de valor? Independente dos motivos que me trouxeram
até aqui, respiro fundo e me mantenho aberta. Se a falta de consciência me
levou ao erro, a dor se encarregou de me conectar novamente ao coração. E esse é
o lugar onde as transformações acontecem. Recolher e reavaliar. Encontrar
compaixão para lamber as feridas e fortalecer o espírito. Valorizar o que mudou
e continuar a busca. Ciente de que apesar dos escorregões e tropeços, dessa
vez.... Não me perdi no outro, apenas me afastei da minha própria essência... E
isso não só mostra o quanto cresci desde que me coloquei nessa posição anteriormente,
mas facilita muito encontrar o caminho para voltar para casa!
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