sábado, 8 de maio de 2010

Amar de um jeito diferente



Elton John escreveu uma canção que diz; “Mas eu quero amar, de um jeito diferente,quero um amor que não me decepcione, que não me oprima, nem me prenda. Quero um amor sem grandes pretensões. É o amor que quero, quero amar”.
Adoro essa música porque traduz de forma clara aquilo que hoje espero de uma relação. Amar porque é gostoso amar. Saber que o amor reside em meu coração e que pode crescer e transbordar. Sem colocar a responsabilidade no outro e conscientemente grata pela oportunidade de expandir meus sentidos na receptividade alheia.
Não conheço uma sensação melhor do que poder mergulhar internamente e saborear a aceitação sem cobranças ou receios. Como é misterioso expor desejo, intimidade, cumplicidade. Um simples olhar livre de censuras... Um prazer que corre a espinha... A alma geme em silêncio e voa. Um toque espontaneamente dado, inesperado, imprevisto e recebido com o deleite da surpresa. O mundo respira conosco, se alegra e floresce. Cada momento é primeiro e último. Estar no agora, desfazendo distância, dissolvendo no sentimento que é sem futuro. Apenas uma grande verdade carinhosa que se alimenta e se extingue a cada segundo. Combustão que transforma e cria.
Ser amor, amar sem amarras, trocar sem determinações, explorar o desconhecido e celebrar início e fim. Relacionar, partilhar, se encontrar e se perder. Brincar de ser livre. Pertencer sem agarrar. Receber sem sufocar. Alimentar o espaço do sempre novo, apoiando a alegria de se encantar. Inocentemente aberta e confiante. Resgate da capacidade de ver o mundo sem perder a noção de si próprio. Interagindo e vibrando, pulsando intensamente a certeza de que se é. Completamente preenchida e francamente separada. Totalmente alimentada para sempre recomeçar sem cicatrizes.
Amar de um jeito diferente... uma canção...

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