quarta-feira, 6 de junho de 2012



Buddha Field Qualquer lugar onde acontece sempre o mesmo tipo de experiência cria um campo de energia muito especifico. Por essa razão quando num hospital sempre somos afetados de uma forma e numa igreja de forma completamente diferente. No caso do Buddha field ou "campo de budas" a situação é ligeiramente diferente. Não se trata de uma energia que seja fácil detectar. O que acontece é a percepção de que algo nos empurra gentilmente para que viremos o foco do "mundo lá de fora", para o "mundo aqui de dentro". Uma transição acontece além do nosso controle racional. Lembra o conforto da presença amiga de alguém em quem depositamos grande confiança. Simplesmente estar por perto, desacelera, aprofunda a respiração e nos leva de volta ao coração. Cheguei no Osheanic fazem quatro dias. E impressionante notar como me afeta estar num lugar onde o compromisso é simplesmente se abrir, se conhecer, silenciar e deixar nosso melhor transbordar em criatividade. A falta da pressão do dia a dia, a ausência das demandas externas e o apoio que se encontra num espaço assim, gera um movimento gostoso de retorno ao estado desperto do simplesmente ser. E é assustador ver o quanto guardamos no corpo das loucuras e tensões da cidade grande. Especialmente durante a meditação dinâmica fica claro como intoxicamos nosso físico com emoções que não partilhamos, com os restos de situações que não fomos capazes de resolver a contento e outros enganches desse porte. Perceber a mudança acontecendo diariamente, vivenciar o soltar progressivo do corpo e finalmente se surpreender com o intenso prazer do movimento energético livre, é uma grande dadiva. Para algumas pessoas estou de férias em Fortaleza. Provavelmente me visualizam na praia comendo peixe e bebendo um drinque com enfeite de guarda chuva. So rindo!!! Estar aqui é preencher uma necessidade visceral que existe em todos nos, ainda que não percebamos. No corre corre da vida comum, nos afastamos da nossa verdade e nos mantemos protegidos num estado automatizado que nos exaure e debilita. Retornar ao estado conectado e acordado abre a dimensão mais elevada de consciência e nutrição; indispensável para restaurar nosso ser em todos os níveis. Talvez seja mais fácil compreender se visualizarmos um presente com belo embrulho. Ordinariamente mantemos a embalagem, preocupados com aceitação e reconhecimento de valor. Estar aqui, significa lembrar que o importante só se tornar disponível quando descartamos o pacote e nos tornamos donos do conteúdo. Sim, é isso que acontece num Buddha Field. Se receber como a maior gratificação possível. Florescer na transparência além da caixa. Estar disponível a si próprio, arriscar ser sem pensar, deixar o corpo sentir intensamente, sair da cabeça, ouvir os sussurros do coração, celebrar o momento como único, compartilhar o que se é sem medo.... Voltar para dentro e desabrochar... Essa é a mágica desse tipo de lugar.

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