quinta-feira, 28 de maio de 2009

Escolhendo o melhor!



Das pérolas encontradas nos discursos do Osho, uma das que mais gosto é quando ele sugere que diante de uma escolha, sempre tenhamos coragem de escolher o melhor. E como “o melhor” entendo qualquer caminho que nos faça sentir bem.
Muitas pessoas pensam que sentir tristeza, solidão e qualquer outro sentimento dilacerante é necessário para o crescimento e amadurecimento. Até certo ponto isso está certo. A dor traz profundidade e ensina paciência e compaixão. Infelizmente, a tendência é suportar a crise para sobreviver e esquecer do que vem a seguir. Sentimentos prazerosos, expansivos, jubilosos são acompanhados de muitos julgamentos do tipo egoísmo, narcisismo, etc. E como queremos a aceitação alheia, abrimos mão dessas sensações como demonstração de honrado sacrifício. Temos uma capacidade infindável para permanecermos contraídos, tímidos e assustados. E ousamos precariamente experimentar das bênçãos que o prazer pode dar. Alegria, confiança, serenidade, paixão, entrega, amizade, fé, são tratados como algo que deve ser sentido discretamente e que se possível não permanecer por muito tempo. Nos sentimos vulneráveis, tolos, fora do compasso quando estamos felizes! Que coisa louca! Chegamos a buscar o caminho de volta à realidade... Realidade essa que não deve ser celebração.
Pois bem, mais uma vez, me encontro na contra mão.
Amo a sensação de estar preenchida de fé, alegria, e qualquer outro sentimento considerado positivo. Não sinto vergonha ou desconforto no espaço apaixonado que me faz olhar ao redor com capacidade de me maravilhar com a vida. E ressinto os momentos onde percebo que perdi a direção e me deixei levar de volta para essa visão adoentada que crê que viver é lutar. Gosto de ter para dar. Gosto da esperança, da visão otimista, do respeito supremo ao indivíduo, da amizade que celebra o sucesso alheio, da liberdade que nutre a coragem de buscar novos horizontes. Gosto da paixão que desperta meus sentidos, que me provoca o corpo, que desafia a imaginação. Gosto da vibração trêmula que percorre todo meu ser quando sou capaz de partilhar o meu melhor. Respiro fundo quando abro meu coração para acolher o que quer que diminua a distância. E isso me refaz!
Até chorar... sofrer... estar só... no caminho que me parece definir o melhor, não traduz desesperança, miséria, ou desistência. Choro celebrando minha humanidade, sofro me entregando ao colo da existência e permaneço inteira em minha própria companhia. E espero humildemente até o sol voltar a brilhar.
A vida é uma escolha... Um brinde àqueles que ousam escolher o melhor!

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