
Será o solo responsável pelo vingar de uma semente?
Acredito que o seja numa percentagem bem menor do que normalmente se diz. O esforço supremo jaz na ousada e corajosa jornada que a semente necessita fazer, solitária, reconhecendo seus limites, explorando novos caminhos até ser capaz de abrir o espaço que precisa para se erguer e ocupar seu lugar no mundo. O solo por certo lhe dá as ferramentas para a construção de seu destino, mas o movimento, a aventura, o renascer das cinzas, esse se restringe a própria semente.
Como nas plantas, assim também na terra dos relacionamentos pessoais.
Por mais que se tente, através do mundo das artes, romancear os encontros amorosos humanos, no final do dia sempre temos de encarar a verdade que nascemos sozinhos e morreremos sozinhos. Se maduros, sabemos que estar só não precisa significar solitário, rejeitado e jogado fora. Estar só pode ser sinônimo de amadurecimento, auto suficiência e realização.
Penso que relacionar-se é a forma com que nos educamos sobre o viver. Se queremos uma profissão, coletamos as informações necessárias (práticas e teóricas) para exercer nossa função não só com eficiência, mas também trazendo nossa contribuição única para deixar nossa marca na atividade em questão.
O mesmo se aplica se pensarmos que antes de “estarmos” profissionais, “somos” indivíduos e que quando deixarmos de “estar” profissionais, ainda “seremos” indivíduos.
E qual é a escola que podemos freqüentar para nos tornarmos peritos em nós mesmos, senão as sempre intensas salas de aula dos relacionamentos?
Infelizmente, aprendemos, ainda bem cedo, que devemos sempre estar em estado de alerta e vigilância em relação ao assim chamado Outro. Subliminarmente, ou não, recebemos a mensagem que podemos ser severamente machucados e até destruídos por esse estranho ser que é o Outro.
Estranha é a vida, posto que SEMPRE criamos a realidade que mais tememos.
Por que deveria dar-me o melhor e mais precioso de si, quando tudo que faço diz-lhe que não confio, não me entrego, não abro, não amo? E nessa defensiva eterna, ambos caminhamos famintos e sedentos, digerindo migalhas para sobreviver.
Aquele que guarda para si o que de melhor reside em seu coração, morre antes de viver.
Pense na flor Angélica tentando enlouquecidamente reter seu perfume ao cair da tarde, apenas porque aprendeu que a maioria não é digna de sentir seu aroma. Faz sentido abrir mão do seu dom divino, no caso perfume inconfundível, porque alguns são incapazes de perceber ou valorizar? Estaria certo mergulhar na mediocridade auto imposta do insípido porque outros assim o fazem?
Arriscado e valoroso é abrir-se em plenitude, florescendo em brio e honra, num convite contagioso que outros teriam dificuldade em rejeitar. Menos perda, e mais espaço para novas descobertas e crescimentos. Sem contar a alegria de ser o que se é, dançar sua própria música e deixar sua alma cantar o êxtase da sua essência única.
Esse é o som que transforma o conceito do relacionar. Quando nos permitimos o melhor que somos, agradecemos a possibilidade de nos ver refletidos nos outros. Se a imagem que vemos é pequena, nos sentimos desafiados pela grandeza que ainda não conseguimos expressar e se é grande, somos apanhados de surpresa pela onda da gratidão por nossos esforços e pela capacidade de apreciação e reconhecimento daquele que nos reflete.
Talvez, pareça confuso. Então, respire fundo e brinque um pouco. Feche os olhos e transforme o outro, possível e provável inimigo, em atencioso professor. Observe o que muda. Que tipo de imagem se forma? Que sentimento surge em seu peito? Viu a diferença?
Nada que realmente tem valor pode ser roubado de você. O amor, a confiança, a fé, a verdade, a entrega, o ódio, a raiva, a amargura, todos esses estão presente em seu mundo interior. O outro apenas te faz consciente de suas existências potenciais. A você o direito de escolher os que nutrir e cuidar.
Aproveite a luz que o outro traz, seja sol ou trovão, e olhe para seu próprio jardim. Cultive aquilo que ao florescer lhe dá bons e saborosos frutos e deixe sua gratidão ao outro se espalhar com o perfume da sua plena realização.
Acredito que o seja numa percentagem bem menor do que normalmente se diz. O esforço supremo jaz na ousada e corajosa jornada que a semente necessita fazer, solitária, reconhecendo seus limites, explorando novos caminhos até ser capaz de abrir o espaço que precisa para se erguer e ocupar seu lugar no mundo. O solo por certo lhe dá as ferramentas para a construção de seu destino, mas o movimento, a aventura, o renascer das cinzas, esse se restringe a própria semente.
Como nas plantas, assim também na terra dos relacionamentos pessoais.
Por mais que se tente, através do mundo das artes, romancear os encontros amorosos humanos, no final do dia sempre temos de encarar a verdade que nascemos sozinhos e morreremos sozinhos. Se maduros, sabemos que estar só não precisa significar solitário, rejeitado e jogado fora. Estar só pode ser sinônimo de amadurecimento, auto suficiência e realização.
Penso que relacionar-se é a forma com que nos educamos sobre o viver. Se queremos uma profissão, coletamos as informações necessárias (práticas e teóricas) para exercer nossa função não só com eficiência, mas também trazendo nossa contribuição única para deixar nossa marca na atividade em questão.
O mesmo se aplica se pensarmos que antes de “estarmos” profissionais, “somos” indivíduos e que quando deixarmos de “estar” profissionais, ainda “seremos” indivíduos.
E qual é a escola que podemos freqüentar para nos tornarmos peritos em nós mesmos, senão as sempre intensas salas de aula dos relacionamentos?
Infelizmente, aprendemos, ainda bem cedo, que devemos sempre estar em estado de alerta e vigilância em relação ao assim chamado Outro. Subliminarmente, ou não, recebemos a mensagem que podemos ser severamente machucados e até destruídos por esse estranho ser que é o Outro.
Estranha é a vida, posto que SEMPRE criamos a realidade que mais tememos.
Por que deveria dar-me o melhor e mais precioso de si, quando tudo que faço diz-lhe que não confio, não me entrego, não abro, não amo? E nessa defensiva eterna, ambos caminhamos famintos e sedentos, digerindo migalhas para sobreviver.
Aquele que guarda para si o que de melhor reside em seu coração, morre antes de viver.
Pense na flor Angélica tentando enlouquecidamente reter seu perfume ao cair da tarde, apenas porque aprendeu que a maioria não é digna de sentir seu aroma. Faz sentido abrir mão do seu dom divino, no caso perfume inconfundível, porque alguns são incapazes de perceber ou valorizar? Estaria certo mergulhar na mediocridade auto imposta do insípido porque outros assim o fazem?
Arriscado e valoroso é abrir-se em plenitude, florescendo em brio e honra, num convite contagioso que outros teriam dificuldade em rejeitar. Menos perda, e mais espaço para novas descobertas e crescimentos. Sem contar a alegria de ser o que se é, dançar sua própria música e deixar sua alma cantar o êxtase da sua essência única.
Esse é o som que transforma o conceito do relacionar. Quando nos permitimos o melhor que somos, agradecemos a possibilidade de nos ver refletidos nos outros. Se a imagem que vemos é pequena, nos sentimos desafiados pela grandeza que ainda não conseguimos expressar e se é grande, somos apanhados de surpresa pela onda da gratidão por nossos esforços e pela capacidade de apreciação e reconhecimento daquele que nos reflete.
Talvez, pareça confuso. Então, respire fundo e brinque um pouco. Feche os olhos e transforme o outro, possível e provável inimigo, em atencioso professor. Observe o que muda. Que tipo de imagem se forma? Que sentimento surge em seu peito? Viu a diferença?
Nada que realmente tem valor pode ser roubado de você. O amor, a confiança, a fé, a verdade, a entrega, o ódio, a raiva, a amargura, todos esses estão presente em seu mundo interior. O outro apenas te faz consciente de suas existências potenciais. A você o direito de escolher os que nutrir e cuidar.
Aproveite a luz que o outro traz, seja sol ou trovão, e olhe para seu próprio jardim. Cultive aquilo que ao florescer lhe dá bons e saborosos frutos e deixe sua gratidão ao outro se espalhar com o perfume da sua plena realização.
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