
Outro dia recebi um texto falando sobre felicidade. Aliás, o que não falta na internet são textos sobre o assunto. Paralelamente, pode-se encontrar alguns outros sobre amor, amizade, qualidade de vida, relaxamento, stress e saúde, etc. Fala-se e escreve-se muito sobre esses assuntos tão importantes. Estranho que se gaste tanto tempo pensando e debatendo e o resultado seja tão pouco significativo.
Parece-me que pensar não resolve problemas. Principalmente, se nossa mente é programada para, meticulosamente, investigar cada pormenor das infinitas possibilidades existentes. Bom exemplo disso se apresenta no e-mail que muitos de nós recebemos, falando sobre o tempo e o dinheiro gasto pelos americanos no desenvolvimento de uma caneta que funcionasse no espaço sideral. Nem sei se é verídico, mas dizia que a opção russa foi a simples e óbvia opção de usar o tão conhecido lápis. É certo que independente de ter ou não acontecido dessa forma, exemplifica genialmente o que estamos vivendo em relação a todos os assuntos de importância no mundo.
A vida acontece nesse segundo. Milhões de pessoas nascem e morrem nesse segundo. E ficar sentado perdido na grandiosidade dos mecanismos intrincados da mente, não tem sido de grande ajuda no aspecto mais profundo de nossa existência. Não me entenda mal, sei que é necessário pensar, debater, investigar e analisar. Só que estamos nos perdendo nessas etapas e o criar está sendo deixado para trás.
Nesse momento, o que vejo são seres afogados por informações. Mal conseguindo se manter com a cabeça acima desse mar de fatos, fotos, pensamentos, notícias, debates, etc. E se debatendo na tentativa de sobreviver, sem conseguir perceber a calamidade que é real e que está presente no nosso dia a dia.
Estamos caminhando numa rua esburacada, sempre olhando lá adiante, tentando não perder nenhum detalhe, mas em fazendo isso, caímos ininterruptamente em um buraco após o outro.
Que buracos são esses? Na vida prática, esses buracos são todos os momentos que deixamos passar sem viver, preocupados e perdidos pelo medo inconsciente, embora real e presente, das calamidades potenciais que não nos deixam esquecer.
A mente humana é ladina e luta para se manter ativa e no poder, tal qual qualquer político. Por isso, enquanto pensamos, acreditamos que estamos no controle e isso é sedutor. Quem não quer se sentir capaz de encontrar as grandes soluções salvadoras da humanidade? O trágico e hilário desse mecanismo é que enquanto gastamos tempo e energia para salvar as pobres vítimas do outro lado do mundo, não prestamos atenção ao que está acontecendo dentro de nossa própria casa. E damos espaço para que nossos filhos se tornem vítimas da falta de atenção, cuidado e afeto, fato esse tão ou mais nocivo quanto qualquer outra calamidade possível.
Buscamos soluções para a violência. O que pode ser mais violento do que um marido que toma sua esposa como presença garantida e se dá o direito de ignorá-la?
Buscamos soluções para a prostituição. O que pode ser mais vil do que uma mulher que se mantém presa a um casamento sem amor, porque perdeu a fé em si mesma?
Buscamos soluções para a fome no mundo. O que pode ser mais fatal do que abrir mão da sua própria nutrição, ignorando sua necessidade de descanso e prazer?
A vida está se esvaindo de nós e do planeta. E todas as nossas atitudes não são efetivas porque nascem do medo e não do amor. Nossas respostas são imediatistas, por isso sem raízes ou base sólida. Perdem-se e desfazem-se por falta de consistência. Exemplificando, podemos lembrar das crianças mostradas no Fantástico, controlando o uso da água em casa. Na realidade, vemos crianças profundamente assustadas com o mundo que vão herdar. Ingenuamente, aceitam o peso de seus uniformes mirins de salvadores potenciais do planeta. E são obrigados, vergonhosamente, a crescer mais depressa do que deviam, além de partilhar responsabilidades que não lhes dizem respeito. Infelizmente, como são ainda extremamente sensíveis, inconscientemente intuem que no final não farão diferença. Não é por outra razão que vemos, cada vez mais cedo, crianças tensas, hiperativas, agressivas e doentes.
Está mais que na hora de acordarmos do pesadelo. Precisamos fazer o caminho de volta para o que é real. E perceber que não há tempo a perder. Medidas práticas para emergências reais. Pense na pior dor de barriga que já teve na vida. Se você parasse para refletir, pensar, debater e se maravilhar com os mecanismos da mente, acredito que no mínimo precisaria de novas calças. A vida não espera ser solucionada. A vida deve ser vivida. Lembre-se, na crise, esse segundo faz toda a diferença... E nesse segundo inteligência perde para a sabedoria. Seja sábio e seja total. A mente lhe mostrará muitas opções. Mas, se ouvir sua sabedoria inata saberá qual a melhor opção e essa será sempre aquela que faz você reconectar com a dignidade, a honestidade, a compaixão, a fraternidade e o amor incondicional. O que me parece ser nossa única real chance de resgatar a felicidade e o compromisso de salvar o mundo e todos aqueles que nele se encontram.
Parece-me que pensar não resolve problemas. Principalmente, se nossa mente é programada para, meticulosamente, investigar cada pormenor das infinitas possibilidades existentes. Bom exemplo disso se apresenta no e-mail que muitos de nós recebemos, falando sobre o tempo e o dinheiro gasto pelos americanos no desenvolvimento de uma caneta que funcionasse no espaço sideral. Nem sei se é verídico, mas dizia que a opção russa foi a simples e óbvia opção de usar o tão conhecido lápis. É certo que independente de ter ou não acontecido dessa forma, exemplifica genialmente o que estamos vivendo em relação a todos os assuntos de importância no mundo.
A vida acontece nesse segundo. Milhões de pessoas nascem e morrem nesse segundo. E ficar sentado perdido na grandiosidade dos mecanismos intrincados da mente, não tem sido de grande ajuda no aspecto mais profundo de nossa existência. Não me entenda mal, sei que é necessário pensar, debater, investigar e analisar. Só que estamos nos perdendo nessas etapas e o criar está sendo deixado para trás.
Nesse momento, o que vejo são seres afogados por informações. Mal conseguindo se manter com a cabeça acima desse mar de fatos, fotos, pensamentos, notícias, debates, etc. E se debatendo na tentativa de sobreviver, sem conseguir perceber a calamidade que é real e que está presente no nosso dia a dia.
Estamos caminhando numa rua esburacada, sempre olhando lá adiante, tentando não perder nenhum detalhe, mas em fazendo isso, caímos ininterruptamente em um buraco após o outro.
Que buracos são esses? Na vida prática, esses buracos são todos os momentos que deixamos passar sem viver, preocupados e perdidos pelo medo inconsciente, embora real e presente, das calamidades potenciais que não nos deixam esquecer.
A mente humana é ladina e luta para se manter ativa e no poder, tal qual qualquer político. Por isso, enquanto pensamos, acreditamos que estamos no controle e isso é sedutor. Quem não quer se sentir capaz de encontrar as grandes soluções salvadoras da humanidade? O trágico e hilário desse mecanismo é que enquanto gastamos tempo e energia para salvar as pobres vítimas do outro lado do mundo, não prestamos atenção ao que está acontecendo dentro de nossa própria casa. E damos espaço para que nossos filhos se tornem vítimas da falta de atenção, cuidado e afeto, fato esse tão ou mais nocivo quanto qualquer outra calamidade possível.
Buscamos soluções para a violência. O que pode ser mais violento do que um marido que toma sua esposa como presença garantida e se dá o direito de ignorá-la?
Buscamos soluções para a prostituição. O que pode ser mais vil do que uma mulher que se mantém presa a um casamento sem amor, porque perdeu a fé em si mesma?
Buscamos soluções para a fome no mundo. O que pode ser mais fatal do que abrir mão da sua própria nutrição, ignorando sua necessidade de descanso e prazer?
A vida está se esvaindo de nós e do planeta. E todas as nossas atitudes não são efetivas porque nascem do medo e não do amor. Nossas respostas são imediatistas, por isso sem raízes ou base sólida. Perdem-se e desfazem-se por falta de consistência. Exemplificando, podemos lembrar das crianças mostradas no Fantástico, controlando o uso da água em casa. Na realidade, vemos crianças profundamente assustadas com o mundo que vão herdar. Ingenuamente, aceitam o peso de seus uniformes mirins de salvadores potenciais do planeta. E são obrigados, vergonhosamente, a crescer mais depressa do que deviam, além de partilhar responsabilidades que não lhes dizem respeito. Infelizmente, como são ainda extremamente sensíveis, inconscientemente intuem que no final não farão diferença. Não é por outra razão que vemos, cada vez mais cedo, crianças tensas, hiperativas, agressivas e doentes.
Está mais que na hora de acordarmos do pesadelo. Precisamos fazer o caminho de volta para o que é real. E perceber que não há tempo a perder. Medidas práticas para emergências reais. Pense na pior dor de barriga que já teve na vida. Se você parasse para refletir, pensar, debater e se maravilhar com os mecanismos da mente, acredito que no mínimo precisaria de novas calças. A vida não espera ser solucionada. A vida deve ser vivida. Lembre-se, na crise, esse segundo faz toda a diferença... E nesse segundo inteligência perde para a sabedoria. Seja sábio e seja total. A mente lhe mostrará muitas opções. Mas, se ouvir sua sabedoria inata saberá qual a melhor opção e essa será sempre aquela que faz você reconectar com a dignidade, a honestidade, a compaixão, a fraternidade e o amor incondicional. O que me parece ser nossa única real chance de resgatar a felicidade e o compromisso de salvar o mundo e todos aqueles que nele se encontram.
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