
Numa sociedade que nos dá um número sem fim de motivos para viver com medo, é difícil imaginar que o que realmente nos mantém aprisionados é o medo de viver e ser feliz. Acreditamos que precisamos estar sempre alertas e defensivos, prontos a responder a ameaça externa. E gastamos muita energia fazendo isso. Somos capazes de feitos Hercúleos para permanecermos seguros. Usamos as normas de bom comportamento social e as severas expectativas familiares para justificar uma série de sacrifícios. Sacrifícios estes que nos dão à sensação de acolhimento e aceitação, mas que cobram um preço extremamente alto. Ser parte da multidão, estar “confortavelmente” espremido no meio da massa, diminui muito o risco de virar alvo, mas também apaga a possibilidade de florescimento e desenvolvimento individual. E é triste pensar como chegamos ao ponto de escolher ser um ninguém, perdido num sistema que não nos valoriza.
É impossível falar sobre a raiz desse medo sem voltar ao passado. Formamos nossos padrões de comportamento até a idade de seis anos. Durante esse período somos completamente dependentes daqueles que nos criam, sejam eles quem forem. Esse deveria ser um tempo de total apoio ao desenvolvimento de nosso potencial criativo. Nada poderia ser mais distante do que realmente acontece.
Tente se lembrar da infinidade de vezes em que foi punido ou castigado por ter sido peralta, espontâneo e ativo. Chama-se a esse processo de educação. E não sou eu que vou dizer que não é necessário ensinar limites para uma criança. Mas, a questão é: como esses limites tem sido impostos? Seja por excesso ou por escassez, o resultado tem sido o mesmo. Ao invés de compreender e sair fortalecido por isso, sofremos de um estado crônico de sensação de inadequação. Todas as vezes que chegamos perto de nos mostrar como realmente somos, ouvimos uma voz interna sussurrar: Perigo! E todas as frases que foram gravadas em nossa mente infantil vem à tona: “Não faça barulho”, “Homem não chora”, “Meninas sentam direito”, “Você precisa ser forte”, “Aqui você dança conforme a minha música”, “Você vai se machucar”, “Olha o que você fez”, “Quanto mais alto, maior o tombo”, etc. Imediatamente, algo se parte e nos lembramos que temos que nos comportar. Vestimos essa camisa de força, prendemos nossa respiração, encolhemos nossa energia e morremos sem viver. E mesmo nos casos em que detectamos alguma rebeldia, esta vem mais na tentativa de reforçar esse padrão do que se libertar dele.
É preciso entender que enquanto crianças, não compreendemos racionalmente aquilo que nos é dito. Reagimos com o que sentimos e em geral sentimos que erramos, que decepcionamos e que não fomos dignos de ser amados. Não é à toa que muitos de nós tem a sensação de que há algo errado conosco. Lá dentro, no fundo do peito, adormecido ou não, está marcada a mensagem: - Como sou, não sou bom o bastante! Daí por diante, estamos sempre nos movendo (sem saber) na busca de curar essa ferida. E fazemos isso tentando nos superar, tentando nos moldar as regras impostas por uma sociedade cada vez mais louca. E o pior de tudo é que inconscientemente, abrimos mão do prazer e da alegria de viver.
Quantas não foram às vezes em que recusou um almoço com um amigo porque precisava trabalhar? Quantas não foram às vezes em que ignorou seu corpo exausto porque precisava acabar alguma coisa?
Quantas não foram às vezes em que abriu mão de uma viagem, descanso, massagem, ou qualquer outra coisa que poderia lhe nutrir por se preocupar em poupar para o futuro?
É claro que existem muitas justificativas racionais para agir assim, mas nenhuma vai ser capaz de traduzir a verdade que é : Nós não aprendemos a nos dar prioridade, a nos tratar com atenção e carinho, a respeitar nossos limites.
O estranho é que a vida conspira para a saúde e para a realização individual. Sendo assim é muito comum que tente nos acordar criando situações como: 1) O almoço cancelado por causa do trabalho, acaba sendo substituído pelo enterro de alguém conhecido (Para isso, dá-se um jeito). 2) O corpo ignorado colapsa e a pausa de uma tarde que não foi possível, se transforma em uma semana de cama (Afinal, está além de seu controle!). 3) A poupança é confiscada pelo governo, você tem um AVC e aí passa a olhar para o que realmente importa (Nada como precisar de ajuda para se mover).
Para muitas pessoas afortunadas, momentos assim trazem um enorme despertar. E como onda envolvem outras muitas pessoas, que pela proximidade, podem ver que é possível se dar prazer, se cuidar, se deixar cuidar, sem correr o risco de ser novamente punido ou abandonado. Um cura profunda acontece, o coração se recupera e a alma reencontra o caminho a ser trilhado. E tudo ao redor muda. Para melhor!
O relaxamento traz muitos frutos, mas o prazer materializa aquilo que temos de melhor. A capacidade inata de ser Criador! Faz-se mais, melhor, com menos tempo e esforço, quando se faz o que se gosta.
Sendo assim, dá próxima vez que tiver que escolher entre um momento de prazer / nutrição e alguma coisa que diz ter ou precisar fazer, pare e respire fundo. Olhe com cuidado para o que está motivando sua escolha. Não se permita continuar caminhando perdido na multidão. Não importa o que lhe foi ensinado, perceba que você já sobreviveu e que pode fazer escolhas próprias. Escolha a trilha da aventura, da alegria, do amor e da criatividade. Recupere seu compromisso com a felicidade e com a vida. Seja quem você é, mesmo que seus primeiros passos sejam trêmulos e incertos. Vale a pena tentar!
É impossível falar sobre a raiz desse medo sem voltar ao passado. Formamos nossos padrões de comportamento até a idade de seis anos. Durante esse período somos completamente dependentes daqueles que nos criam, sejam eles quem forem. Esse deveria ser um tempo de total apoio ao desenvolvimento de nosso potencial criativo. Nada poderia ser mais distante do que realmente acontece.
Tente se lembrar da infinidade de vezes em que foi punido ou castigado por ter sido peralta, espontâneo e ativo. Chama-se a esse processo de educação. E não sou eu que vou dizer que não é necessário ensinar limites para uma criança. Mas, a questão é: como esses limites tem sido impostos? Seja por excesso ou por escassez, o resultado tem sido o mesmo. Ao invés de compreender e sair fortalecido por isso, sofremos de um estado crônico de sensação de inadequação. Todas as vezes que chegamos perto de nos mostrar como realmente somos, ouvimos uma voz interna sussurrar: Perigo! E todas as frases que foram gravadas em nossa mente infantil vem à tona: “Não faça barulho”, “Homem não chora”, “Meninas sentam direito”, “Você precisa ser forte”, “Aqui você dança conforme a minha música”, “Você vai se machucar”, “Olha o que você fez”, “Quanto mais alto, maior o tombo”, etc. Imediatamente, algo se parte e nos lembramos que temos que nos comportar. Vestimos essa camisa de força, prendemos nossa respiração, encolhemos nossa energia e morremos sem viver. E mesmo nos casos em que detectamos alguma rebeldia, esta vem mais na tentativa de reforçar esse padrão do que se libertar dele.
É preciso entender que enquanto crianças, não compreendemos racionalmente aquilo que nos é dito. Reagimos com o que sentimos e em geral sentimos que erramos, que decepcionamos e que não fomos dignos de ser amados. Não é à toa que muitos de nós tem a sensação de que há algo errado conosco. Lá dentro, no fundo do peito, adormecido ou não, está marcada a mensagem: - Como sou, não sou bom o bastante! Daí por diante, estamos sempre nos movendo (sem saber) na busca de curar essa ferida. E fazemos isso tentando nos superar, tentando nos moldar as regras impostas por uma sociedade cada vez mais louca. E o pior de tudo é que inconscientemente, abrimos mão do prazer e da alegria de viver.
Quantas não foram às vezes em que recusou um almoço com um amigo porque precisava trabalhar? Quantas não foram às vezes em que ignorou seu corpo exausto porque precisava acabar alguma coisa?
Quantas não foram às vezes em que abriu mão de uma viagem, descanso, massagem, ou qualquer outra coisa que poderia lhe nutrir por se preocupar em poupar para o futuro?
É claro que existem muitas justificativas racionais para agir assim, mas nenhuma vai ser capaz de traduzir a verdade que é : Nós não aprendemos a nos dar prioridade, a nos tratar com atenção e carinho, a respeitar nossos limites.
O estranho é que a vida conspira para a saúde e para a realização individual. Sendo assim é muito comum que tente nos acordar criando situações como: 1) O almoço cancelado por causa do trabalho, acaba sendo substituído pelo enterro de alguém conhecido (Para isso, dá-se um jeito). 2) O corpo ignorado colapsa e a pausa de uma tarde que não foi possível, se transforma em uma semana de cama (Afinal, está além de seu controle!). 3) A poupança é confiscada pelo governo, você tem um AVC e aí passa a olhar para o que realmente importa (Nada como precisar de ajuda para se mover).
Para muitas pessoas afortunadas, momentos assim trazem um enorme despertar. E como onda envolvem outras muitas pessoas, que pela proximidade, podem ver que é possível se dar prazer, se cuidar, se deixar cuidar, sem correr o risco de ser novamente punido ou abandonado. Um cura profunda acontece, o coração se recupera e a alma reencontra o caminho a ser trilhado. E tudo ao redor muda. Para melhor!
O relaxamento traz muitos frutos, mas o prazer materializa aquilo que temos de melhor. A capacidade inata de ser Criador! Faz-se mais, melhor, com menos tempo e esforço, quando se faz o que se gosta.
Sendo assim, dá próxima vez que tiver que escolher entre um momento de prazer / nutrição e alguma coisa que diz ter ou precisar fazer, pare e respire fundo. Olhe com cuidado para o que está motivando sua escolha. Não se permita continuar caminhando perdido na multidão. Não importa o que lhe foi ensinado, perceba que você já sobreviveu e que pode fazer escolhas próprias. Escolha a trilha da aventura, da alegria, do amor e da criatividade. Recupere seu compromisso com a felicidade e com a vida. Seja quem você é, mesmo que seus primeiros passos sejam trêmulos e incertos. Vale a pena tentar!
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