
Resolvi dar uma olhada nos meus e-mails e tive a surpresa de ler uma matéria falando do enforcamento do Saddam. Dois trechos me chamaram a atenção: “O presidente dos Estados Unidos, George Bush, afirmou que o enforcamento foi um "marco" para a democracia iraquiana” e “Bush, que classificou Saddam como uma ameaça mesmo sem que alegadas armas nucleares e outras nunca tenham sido encontradas, afirmou: Fazer justiça no caso de Saddam não vai encerrar a violência no Iraque, mas é um importante marco no caminho para uma democracia que possa governar, sustentar e se defender.”
Eu não sei bem o que pode realmente significar a palavra democracia, mas pensar que qualquer país precisa enforcar um homem, seja ele quem for, para criar uma boa base para a mesma me dá arrepios.
O que me faz lembrar de outro caso que mexeu demais comigo. Lembra do pai que esqueceu seu filho dentro do carro? A criança acabou morrendo desidratada. Foi assunto nos jornais durante uns dias e depois sumiu... Como todas as outras coisas absurdas que chegam aos noticiários e depois são varridas para baixo do tapete. O mais triste de tudo foi ver a abordagem da mídia. Qual o castigo que deveria ser dado ao pai? E será que existe algo pior do que perder um filho por esquecimento? Estranho pensar que não ouvi ou li nada a respeito do tipo de mundo em que estamos vivendo. Que tipo de humanidade estamos criando? Como é possível enfrentar um dia a dia que abre espaço para um pai esquecer um filho dentro do carro fechado num dia de verão?
E sabe o que me dói mais? Aprendemos desde pequenos que o ser humano deve se superar, se transformar, ser maior do que é. E enquanto corremos feito loucos para chegar sabe-se lá aonde, perdemos tudo que realmente nos faz à imagem e semelhança de nosso criador. Quando mais ambiciosos nos tornamos, mas distantes nos colocamos daquilo que realmente importa. Solitários e subnutridos permacemos procurando formas de nos sentirmos realmente felizes e completos. E no caminho destruímos, cada vez mais rapidamente, qualquer coisa que nos faça parar de correr. Nos tornamos viciados em procurar aquilo que não pode ser encontrado do lado de fora de nós mesmos.
A ironia dessa situação é que nesse mundo materialista achamos que a solução ainda é ter muito, muito dinheiro, muito poder, muita influência, etc... Já viu alguém que tenha tudo isso ser realmente feliz, generoso e construtivo? Quanto mais focamos naquilo que supostamente nos põe no pico da sociedade, mais amargos e destrutivos nos tornamos. Não porque o dinheiro torne o ser humano isso ou aquilo, mas porque esquecemos nossa humanidade nessa busca desenfreada por algum tipo de reconhecimento.
Enquanto não tomarmos coragem para dar valor a nossa individualidade, viveremos nesse mundo maluco, onde casos como esses ainda podem acontecer. A natureza só será preservada e nutrida, se percebemos que estamos morrendo com cada destruição que causamos. Não só pela escassez de recursos naturais, mas pela total inconsciência de que estamos todos conectados. De Saddam à Floresta Amazônica, de Bush ao pai que esqueceu seu filho, dos Ursos Polares aos escândalos do Governo Lula, tudo isso mostra aonde o ser humano está.
2006 foi um ano que trouxe muitas possibilidades. Foram muitos momentos de choque para nos acordar.
Que 2007 traga a energia para nos mantermos acordados. Que cada ser humano faça a sua parte com dignidade, compromisso e presença. O mundo será melhor se lembrarmos de nos respeitar, nutrir, crescer e amar como somos. Imperfeitos sim, mas com o potencial ilimitado de aprender, criar e construir.
Olhemos mais para dentro que para fora, esperemos menos soluções governamentais e façamos mais pelas pessoas a nosso redor. Talvez.... assim possamos fazer um mundo onde crianças não são esquecidas nem democracias sejam baseadas em enforcamentos.
Eu não sei bem o que pode realmente significar a palavra democracia, mas pensar que qualquer país precisa enforcar um homem, seja ele quem for, para criar uma boa base para a mesma me dá arrepios.
O que me faz lembrar de outro caso que mexeu demais comigo. Lembra do pai que esqueceu seu filho dentro do carro? A criança acabou morrendo desidratada. Foi assunto nos jornais durante uns dias e depois sumiu... Como todas as outras coisas absurdas que chegam aos noticiários e depois são varridas para baixo do tapete. O mais triste de tudo foi ver a abordagem da mídia. Qual o castigo que deveria ser dado ao pai? E será que existe algo pior do que perder um filho por esquecimento? Estranho pensar que não ouvi ou li nada a respeito do tipo de mundo em que estamos vivendo. Que tipo de humanidade estamos criando? Como é possível enfrentar um dia a dia que abre espaço para um pai esquecer um filho dentro do carro fechado num dia de verão?
E sabe o que me dói mais? Aprendemos desde pequenos que o ser humano deve se superar, se transformar, ser maior do que é. E enquanto corremos feito loucos para chegar sabe-se lá aonde, perdemos tudo que realmente nos faz à imagem e semelhança de nosso criador. Quando mais ambiciosos nos tornamos, mas distantes nos colocamos daquilo que realmente importa. Solitários e subnutridos permacemos procurando formas de nos sentirmos realmente felizes e completos. E no caminho destruímos, cada vez mais rapidamente, qualquer coisa que nos faça parar de correr. Nos tornamos viciados em procurar aquilo que não pode ser encontrado do lado de fora de nós mesmos.
A ironia dessa situação é que nesse mundo materialista achamos que a solução ainda é ter muito, muito dinheiro, muito poder, muita influência, etc... Já viu alguém que tenha tudo isso ser realmente feliz, generoso e construtivo? Quanto mais focamos naquilo que supostamente nos põe no pico da sociedade, mais amargos e destrutivos nos tornamos. Não porque o dinheiro torne o ser humano isso ou aquilo, mas porque esquecemos nossa humanidade nessa busca desenfreada por algum tipo de reconhecimento.
Enquanto não tomarmos coragem para dar valor a nossa individualidade, viveremos nesse mundo maluco, onde casos como esses ainda podem acontecer. A natureza só será preservada e nutrida, se percebemos que estamos morrendo com cada destruição que causamos. Não só pela escassez de recursos naturais, mas pela total inconsciência de que estamos todos conectados. De Saddam à Floresta Amazônica, de Bush ao pai que esqueceu seu filho, dos Ursos Polares aos escândalos do Governo Lula, tudo isso mostra aonde o ser humano está.
2006 foi um ano que trouxe muitas possibilidades. Foram muitos momentos de choque para nos acordar.
Que 2007 traga a energia para nos mantermos acordados. Que cada ser humano faça a sua parte com dignidade, compromisso e presença. O mundo será melhor se lembrarmos de nos respeitar, nutrir, crescer e amar como somos. Imperfeitos sim, mas com o potencial ilimitado de aprender, criar e construir.
Olhemos mais para dentro que para fora, esperemos menos soluções governamentais e façamos mais pelas pessoas a nosso redor. Talvez.... assim possamos fazer um mundo onde crianças não são esquecidas nem democracias sejam baseadas em enforcamentos.
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